3 de nov. de 2008

Coleção de Simpatias pra Asma

Sou asmático, já faz um bom tempo, e minha asma é considerada severa e de difícil manejo, pelos médicos, ou seja é asma da braba mesmo! E tão complicada é minha situação que já percorri vários médicos, já usei várias medicações e estive em vários hospitais para tentar acabar com a maldita falta de ar. Nada, mas nada mesmo resolveu minha situação, ou seja, curar minha doença, então resolvi apelar para as terapias alternativas, ai, então, é que começou minha via-crúcis pelo mundo da obscuridade. Primeiro fiz uma tour em terreiros, caboclos, pais de santo e benzedeiras, depois fui pras ervas, “beberragens” e “garrafadas” que me indicavam pelo caminho.
Qualquer um tinha autoridade sobre minha vontade e me receitavam de tudo que é possível imaginar como, por exemplo, chá de lesma, feijoada de caruncho, chá de maconha, coração de bananeira, e por ai vai. Como estava nas mãos das pessoas tomei coisas que até hoje não sei o que era (não podia) desconfio de alguma coisa com bosta de cavalo, ahrg, me arrepio só de imaginar, se pelo menos alguma coisa funcionasse, só que nada adiantou!
Fiquei desencantado com o conhecimento humano, pois uma simples falta de ar tinha me vencido e era ponto pacífico, pois não havia cura na medicina e nem na “pajelança”, a última esperança dos aflitos, só havia feito papel de brocoió, ou cobaia de malucos!
O tempo foi passando e a resignação tomando conta do meu coração, por que lutar contra um adversário que não pode ser vencido, quais as lições que poderia tirar daquela experiência de conviver com sérias limitações físicas, sim sérias porque só quem tem asma conhece o desespero de ser abruptamente acometido por uma dispnéia. Normalmente inicia por uma crise de espirros, depois tosse seca e por fim uma sensação de se estar estufado, cheio de ar inútil, por não poder ser respirado. É uma sensação assustadora! Se o camarada é meio frouxo das pernas é capaz de “morrer de susto”.
Mas como disse o velho Miguel de Cervantes Savedra: “aquilo que corrompe a melhor corda de cânhamo e corrói a espada do melhor aço, também fortalece o braço”, aprendi a tirar proveito da minha deficiência, fui descobrindo, com o tempo que o meu temperamento estava mudando, eu que era irritadiço, neurastênico e super-ansioso, estava me tornando um cara mais tranqüilo, mais sereno nas atitudes do dia-a -dia e até nos momentos de tensão conseguia manter a calma, ou na pior das hipóteses controlava a ira em situações enfarruscadas.
Estava mudando, para melhor, e a asma era a responsável pela mudança, não pairava a menor dúvida sobre a melhoria na qualidade de vida que eu estava ganhando de contrapartida, e a doença outrora tão amaldiçoada apresentava, agora, a sua face abençoada e benevolente. Não podia fazer esforços demasiados, mas quem quer fazer grandes esforços? Não podia mais fumar ou conviver em ambientes enfumaçados o que era muito bom para minha saúde, até o cheiro de peido (dos outros) devia evitar, então, por que lamentar tanto, se no balanço final os benefícios de longe superavam uma simples falta de ar?
Na verdade sempre consegui controlar os momentos de sufoco, ora com a bombinha de aerolyn, ora com uma boa nebulização, então passei a levar na esportiva e hoje em dia, por brincadeira, sempre que encontro uma “vítima” em potencial, relato meu caso, só para anotar mais uma simpatia para asma, pois quase todo mundo tem uma para dar e, eu que tenho uma coleção para zelar, catalogar por gênero de asco e espécie de esquisitice escuto atenciosamente a receita miraculosa. Se duvida de mim faça um teste, escolha a “vítima”, faça uma cara de sofreguidão e, com a cabeça baixa, tasque!: - “eu tenho asma!”.


Verão de MMVI

31 de out. de 2008

Lendas urbanas! 2

Propaganda Subliminar

Na década de 60, em plena ditadura militar no Brasil (e guerra fria no mundo), enquanto centenas de pessoas morriam pisoteadas em meio às multidões enlouquecidas pelos shows dos beatles, circulava de boca em pé de orelha, em bares e reuniões dançantes, a história de uma horripilante pesquisa realizada pela CIA sobre a famigerada propaganda subliminar.
Na época comentava-se, inclusive, de que esta “propaganda” teria sido largamente usada por Hitler na sua demente carnificina. E mais, segundo os vanguardeiros daqueles anos de chumbo este tipo de técnica de hipnose coletiva para manipulação das massas já existia desde os primórdios do cinema, no início do século XX.
A técnica subliminar consistia no seguinte artifício: colocavam-se frases comandos, intercaladas, entre os quadrinhos da fita do filme que seria projetado, baseado na premissa de que na visão humana o cérebro de uma pessoa que assiste a uma sessão cinemetográfica consegue captar inconscientemente as frases comandos, devido ao fato de que os olhos perceberiam a movimentação no filme de 46 em 46 quadrinhos, daí a chave para o funcionamento da propaganda sacana, ou seja, sem ter consciência os olhos da pessoa captariam a imagem da frase elaborada pelos patifes e mandaria direto para as camadas inconscientes da mente da vítima, sem passarem pelo filtro dos freios morais, causando nos espectadores uma espécie de comando hipnótico.
A CIA teria, então, para comprovar a falcatrua, promovido uma sessão de cinema aberta ao público, em New York (talvez você tenha participado), em que as frases comandos colocadas na fita seriam “beba coca-cola e coma pipoca”. Durante a exibição da película foi tudo normal como em qualquer outra, mas no final, quando os espectadores saíram do prédio do cine, aglomeraram-se histericamente em torno de duas barraquinhas colocadas estrategicamente nos dois lados da saída, sendo que uma vendia pipoca e a outra coca-cola. Nem é preciso dizer que todos os produtos foram vendidos!

30 de out. de 2008

Lendas urbanas!

A bebida tá na mente!

Na universidade norte-americana Harvard, cientistas dos laboratórios de genética e do de psicologia, do departamento de psiquiatria, organizaram um teste, no qual os alunos identificados como consumidores contumazes de bebidas alcoólicas foram selecionados e convidados para participarem de uma pesquisa. A dinâmica da pesquisa consistia na identificação de marcas de cerveja, pelos participantes, os quais, após provarem várias marcas em recipientes catalogados apenas por números, deveriam posteriormente preencher um questionário com o objetivo de saber-se informações sobre: identificação, preferência de marca, paladar, consistência, graduação alcoólica, etc. Vários itens foram relacionados na ficha.
Após o teste, as “provas” foram entregues aos pesquisadores (cientistas) e o evento se transformou numa grande festa de confraternização entre os presentes, que livremente tiveram todo o estoque de bebida, restante, disponibilizado para o consumo. Tudo estava sendo gravado por câmaras espalhadas pelo recinto. A gandaia estava armada! Altas horas da matina quase todos os estudantes já estavam de “cara-cheia” e muitos já caindo pelas tabelas. O manguaço foi grande!
No dia seguinte foi publicado o resultado da etílica e alegre pesquisa.

Revelação: a pesquisa era sobre as teses sobre as influências da predisposição causada pelos fatores genéticos (gerador de dependência química) X a apologia sociocultural (psicosocial) do consumo de bebidas alcoólicas, ou seja, qual dos fatores do alcoolismo teria mais influência no consumo entre os estudantes universitários.

1ª Constatação: a bebida servida era toda da mesma marca!

2ª Constatação: A cerveja do teste não continha álcool!

29 de out. de 2008

Sofismas famosos!


“Já dizia o sábio grego que todo grego quando falava mentia. Mas se todo grego quando falava mentia o sábio grego também mentia. Mas se mentia, dizia a verdade quando falava que todo grego quando falava mentia. Mas se falava a verdade, mentia! Mas se mentia, falava a verdade!” Mentia ou falava a verdade?

Outro legal.

“Se Deus é todo poderoso e pode tudo, ele pode fazer uma pedra que não possa carregar! Mas se ele não puder carregar a pedra que fez, não pode tudo! Mas pode tudo se fizer uma pedra que não possa carregar! Mas se não carregar a pedra não pode tudo! Mas pode tudo, inclusive fazer uma pedra que não possa carregar! Pode tudo ou não pode?

Deus é concreto ou abstrato?

“As nossas idéias dependem do nosso pensamento para existir, certo? E tudo que existe de concreto não depende do nosso pensamento para existir, pois se morrêssemos agora tudo continuaria existindo, certo? A questão é: Deus depende do nosso pensamento para existir? Se a resposta for não, Deus é concreto e não depende do nosso pensamento para existir! Se a resposta for sim, Deus é abstrato e depende do nosso pensamento para existir!”

26 de out. de 2008

Cachorro Velho

Uma velha senhora foi para um safári na África e levou seu velho cachorro com ela. Um dia, caçando borboletas, o velho cachorro, de repente, deu-se conta de que estava perdido. Vagando a esmo, procurando o caminho de volta, o velho cachorro percebe que um jovem leopardo o viu e caminha em sua direção, com intenção de conseguir um bom almoço. O cachorro velho pensa: – “oh, oh! Estou mesmo enrascado! Olhou a sua volta e viu ossos espalhados no chão por perto. Em vez de apavorar-se mais ainda, o velho cachorro ajeita-se junto ao osso mais próximo, e começa a roê-lo, dando as costas ao predador. Quando o leopardo estava a ponto de dar o bote, o velho cachorro exclama bem alto: - Cara, este leopardo estava delicioso! Será que há outros por aí? Ouvindo isso, o jovem leopardo, com um arrepio de terror, suspende seu ataque, já quase começado, e se esgueira em direção das árvores. –“Caramba! Pensa o leopardo, essa foi por pouco! O velho cachorro quase me pega!
Um macaco, numa árvore ali perto, viu toda a cena e logo imaginou como fazer bom uso do que viu. Negociaria com o predador seu conhecimento de que o cachorro não havia comido leopardo algum, por proteção para si mesmo. E assim foi, rápido, em direção ao leopardo. Mas o velho cachorro o vê correndo na direção do predador em grande velocidade, e pensa: - “Aí tem coisa!”. O macaco logo alcança o felino, cochicha-lhe o que interessa e faz um acordo com o leopardo.
O jovem leopardo fica furioso por ter sido feito de bobo, e diz: - “Aí, macaco! Suba nas minhas costas para ver o que acontece com aquele cachorro abusado!”
Agora, o velho cachorro vê um leopardo furioso, vindo em sua direção, com um macaco nas costas, e pensa: - “E agora o que é que eu posso fazer? Mas em vez de correr (sabe que suas pernas doídas não o levariam longe...), o cachorro senta, mais uma vez dando as costas aos agressores, e fazendo de conta que ainda não os viu, e quando estavam perto o bastante para ouvi-lo, o velho cão diz: – “Cadê o safado daquele macaco? Estou com fome! Eu o mandei buscar outro leopardo para mim, e ele tá demorando tanto!”.
Moral da história: Não mecha com cachorro velho... idade e habilidade se sobrepõe à juventude e intriga. Sabedoria só vem com idade e experiência.

25 de out. de 2008

Ética é uma coisa relativa?

O sociólogo Peter Berger escreveu um delicioso livrinho: "Introdução à Sociologia". Um dos seus capítulos tem um título irônico e, no mínimo, curioso: "Como trapacear e se manter ético ao mesmo tempo". Estranho à primeira vista. Mas logo se percebe que, na política moderna, é de suma importância juntar ética e trapaça. Para explicar vou contar uma historieta. Havia numa pequena cidade dos Estados Unidos uma igreja batista. Os batistas, como se sabe, são um ramo do cristianismo muito rigoroso nos seus princípios éticos. Havia na mesma cidade uma fábrica de cerveja que, para a igreja batista, era a vanguarda de Satanás. O pastor não poupava a fábrica de cerveja nas suas pregações... Aconteceu, entretanto, que, por razões "pouco esclarecidas", a fábrica de cerveja fez uma doação de 500 mil dólares para a dita igreja. Foi um auê.. Os membros mais ortodoxos da igreja foram unânimes em denunciar aquela quantia como dinheiro do Diabo e que não poderia ser aceito. Mas, passada a exaltação dos primeiros dias, acalmados os ânimos, os mais ponderados começaram a analisar os benefícios que aquele dinheiro poderia trazer: uma pintura nova para a igreja, um órgão de tubos, jardins mais bonitos, um salão social para festas. Reuniu-se então a igreja em assembléia para uma decisão democrática. Depois de muita discussão registrou-se a seguinte decisão no livro de atas: "A Igreja Batista Betel resolve aceitar a oferta de 500 mil dólares feita pela Cervejaria na firme convicção de que o Diabo ficará furioso quando souber que o seu dinheiro vai ser usado para a glória de Deus."

21 de out. de 2008

Cubo Mágico

O Cubo Mágico é um teste de associação por imagens que remonta às épocas em que os arquétipos míticos povoavam o imaginário dos ancestrais dos árabes atuais, os tuaregues, que vagavam pelos desertos do norte da áfrica e da região hoje denominada oriente médio, acampando e procurando alimentos pelos oásis, com suas famílias / tribos e, dessas células sociais nômades surgiu, entre outros, este interessante oráculo proto-psicológico que foi sendo elaborado gradativamente pelas experiências inter-relacionais, desejos inconscientes, sonhos, aflições e fundamentalmente pelas necessidades de explicações subjetivas para estas instabilidades emocionais que afetavam os membros do grupo que apresentavam desvios de padrão comportamental, carreando lucidez para uma melhor compreensão de seus dramas psíquicos e melhoria nas relações interpessoais. Este teste “oráculo” de autoconhecimento chegou aos nossos dias com a seguinte formatação:

Para iniciar a sessão, o coordenador deve pedir que o consulente fique numa posição confortável, relaxado, de preferência sentado e com os lhos fechados. Então, o coordenador propõe, passo a passo, os seguintes questionamentos:

- Imagine um cubo sobre as areias do deserto!
- Como ele é? (forma, estrutura, cor, composição, tamanho, se está flutuando ou assentado na areia, se é pesado ou leve, transparente ou sólido, etc.). Descreva.
- Imagine, agora, uma escada!
- Como ela é? (quais as características – guie-se pelas sugestões acima) Descreva.
- Imagine que de repente surge uma chuva – no mesmo deserto!
- Como ela é e quais as suas reações? Descreva.
- Imagine um oásis com uma pequena cachoeira e um pequeno lago!
- Quais são as particularidades do cenário e suas reações emocionais? Descreva.
- Imagine, agora, que surge um cavalo (ou égua) neste quadro!
- Como ele é, o que está fazendo e o que você sente? Descreva.
- Finalmente imagine flores neste local!
- Descreva suas características e os seus sentimentos.

Obs.: O coordenador deve anotar o relato, item por item, para depois traduzir.
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Resultados: O cubo é você; a escada é um (a) amigo (a) especial; a chuva representa seus problemas; a cachoeira e lago é a sua vida neste momento; o cavalo (ou égua) é a pessoa que você está interessado; e, as flores são filhos ou crianças de suas relações.

Texto adaptado

18 de out. de 2008

Um Padre Urubuzando!

há alguns anos estive internado num hospital, devido a um infarto. Naqueles dias sentia muito medo pelo que poderia me acontecer, apesar de já estar me sentindo bem melhor a cada dia que passava. Acordava bem cedo em função da movimentação dos funcionários, ou para tomar a medicação, e já aproveitava para me ocupar lendo um pouco, pois o tempo de sobra num local assim mexe com a cabeça da gente. Quando aparecia alguém para conversar, ou algum colega de quarto puxava assunto eu já ficava bem contente! A solidão de uma doença é a pior que existe.
Certo dia fui acordado mais cedo que o habitual pelo barulho do pessoal da limpeza e aprovetei para continuar a leitura que havia deixado na noite anterior, então, de repente ouvi passos no corredor e, aí, pensei contente, que bom vir alguém para bater papo de manhãzinha, baixei o livro para ver quem era, pois o meu leito estava de frente para a porta e, para minha surpresa, dei de cara com um velho padre, de batina preta e bíblia na mão, entrando no quarto. Fiquei perplexo quando ele me olhou fixamente e veio em minha direção, com passos firmes e a cabeça erguida, era um homem magro, alto e tinha os cabelos completamente brancos. Naquele instante passou milhões de coisas na minha mente, mas sempre começando pela sensação de estar encalacrado. O padre se aproximou do meu leito, esticou a mão e pegou a prancheta com o prontuário, que fica pendurada nas grades dos "pés" de todas as camas. O velho sacerdote ajeitou o óculos e leu minha ficha atentamente com o braço bem afastado, então, rapidamente levantou os olhos, me fitou novamente e disse: - Não é o senhor! - e saiu em direção a outras camas até achar a sua "encomendação". Aquele momento pareceu-me uma eternidade. Só saí do susto quando escutei a risada abafada do meu colega da cama ao lado, o Seu Júlio, que com a mão na boca para não soltar uma gargalhada, apontou para mim e falou: - Olha o jeito que tu tá! Eu estava "branco" de medo e havia escorregado pela cama, puxando inconscientemente o cobertor, ficara somente com os olhos arregalados de fora! Que situação embaraçosa! Ou melhor, como diria um grande amigo, " que parada enfarruscada!"

16 de out. de 2008

Espaço democrático!

Que maravilha este espaço! Não posso sair gritando na rua, mas escrever livremente que tenho pavor de carnaval (permissionismo hedônico), horror de tradicionalismo (culto ao atraso), asco de futebol (mito moderno de injustiça), nojo da axé music, e alergia do pior de todos os movimentos que uma pessoa pode gostar, o patriotismo (ufanismo de abobados). Aliás, gosto mais da cultura argentina do que da brasileira. Não sou brasileiro! Não me sinto brasileiro! Nasci aqui por acaso, ou pra pagar os meus sanskaras, mas o povo deste país é muito indecente (vide os "nossos" representantes). Nunca se pode nunca generalizar, mas a maioria das pessoas são arrogantes, imorais, indecentes e trapaceiros.
Estão sempre procurando um jeitinho anti-ético para resolverem suas pendengas. A lei Gerson é a principal da cosntituição deste país.
O tradicionalismo, por sua vez, não é um movimento histórico, é cultural e ideológico. Deriva da expressão norte-americana folk loren, daí folclore, que idealiza principalmente o comportamento e a indumentária dos primeiros colonizadores do RS. Aqueles aventureiros, em grande parte degredados de seus países, que na verdade eram escravagistas, grileiros e violentos, pois massacraram povoações indígenas inteiras.
Mas como desabafei sobre coisas que não gosto, me sinto na obrigação de pelo menos citar algumas que aprecio. Lá vai: Xadrez esportivo, música clássica (menos a russa), música romântica, rock balada (principalmente o derivado do cowntry), animais (principalmente os silvestres, que são mais indefesos), minhas amizades (no fundo a nossa vida se resume na qualidade de nossas relações), natureza (em oposição a cultura "des' humana"), beleza feminina (feminilidade), respeito a dignidade humana (alteridade), integridade moral (viver com ética), Jesus Cristo (sem palavras), o guru Srhi Srhi Anandamurtijiil, o guru Satya Say Baba (guru= aquele que liberta da escuridão). Poderia ficar aqui horas relacionando as coisas que me fazem a cabeça, pois são tantas... mas uma especial é escrever e colocar explicações entre parênteses.

15 de out. de 2008

O melhor amigo do homem!

Uns atribuem ao "bom de copo" Vinícius de Moraes, outros ao "figado de aço" John Wainne, mas até hoje ninguém sabe ao certo quem disse esta pérola: "se o cachorro é o melhor amigo do homem, o wisk é o cachorro engarrafado!". De qualquer forma não foi nenhum cachaceiro mal-amado da vila São Tomé o sábio autor desta boa asneira.

14 de out. de 2008

Pra refletir

"O ser humano tem uma forte tendência em
acreditar naquilo que deseja"

Demóstenes - filósofo grego

Pra meditar

O cara quando tá se afogando no rio, crocodilo é tronco!

O cara quando está sem sorte até na laje se atola!


Depois que vi macaco andar de bicicleta acredito que
qualquer imbecil pode ter diploma (Volnei).

13 de out. de 2008

Crise moral!

O grande problema do país é uma enorme crise moral coletiva. Os valores de outrora agora são piadas para estes corruptos que tem um poderzinho de merda.
Policiais e políticos deveriam ter pena dobrada por seus crimes.
Viva a polícia federal que resiste honradamente neste mar de lama!

Sempre é bom lembrar daquele trecho do discurso de Ruy Barbosa, lá vai:

"de tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver
crescer as injustiças, de tanto ver agigantarem-se
os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a
desanimar da virtude, rir-se da honra e ter
vergonha de ser honesto"

(Ruy Barbosa - 1914)

12 de out. de 2008

Por onde anda o Vergara?

O Vergara é um amigo especial, do qual eu e mais um bom punhado de amigos, como o Leonel, o Armando, o Júlio Rocha e o Darwim, só para citar alguns, devemos lições importantes. Usava expressões do tempo em que foi hipye nos anos 60, que nos alegrava nas rodas de bate-papo, ou nos bares da velha Viamão. O cara tinha um fino fio de ironia como poucos para contar uma história e usando suas gírias engraçadas, no final todo mundo acabava em gargalhadas. Quando referia-se a uma parada perdida dizia: "adeus tia chica!", e quando comentava sobre alguém querendo dar um de experto: "o cara tá dando uma de joão-sem-braço!". Quando se tratava de um assunto liquidado, era: "larira!". Com o Vergara conhecemos, ou gostaríamos de ter conhecido a "mãe de badanha!", e até mesmo o próprio "badanha". Mas umas eram demais, como: "o cara tava virado num exu!", se tratando de alguém transtornado, ou com raiva. Mulher feia era "dragonete" ou "meméia", e se tinha meia idade usava o adjetivo"velhusquinha!".
O Vergara era um expert professor de história e dava aula usando gíria como usava nas conversas conosco, isso prendia a atenção dos alunos a tal ponto que pareciam ficar hipnotizados. Certa vez, eu o aguardava na porta da sala de aula enquanto ele terminava uma lição sobre o julgamento de Jesus Cristo, e ele saiu-se com esta: "daí, o loco do Barrabás juntou sua trupe, os zelotes, e fez um inchaço na assembléia, bicho, deixando Cristo "sem pai e sem mãe", então Pilatos, que já tava 'a bangu, mesmo', rifou o cara na votação e depois lavou as mãos!' , com a maior "cara-de-pau!".
Grande figura o Vergara!

11 de out. de 2008

Toca Fogo!!!

Altas horas da noite, a garrafa de pinga corria de mão em mão para celebrar a aliança de apoio a Lula na eleição presidencial de 1988. Entre palavras de ordem e discursos eufóricos, os militantes dos PT e nós do PDT chacoalhávamos no velho ônibus de campanha na avenida principal de Viamão. A tarefa era a pichação das paradas de ônibus em toda a extensão da RS 040, agora Rodovia Tapir Rocha, com a propaganda do Lula como candidato a presidente. Um osso duro de roer, diga-se de passagem, o Brizola recentemente havia sido derrotado no primeiro turno, aliás todas as pesquisas apontavam que ele ganharia do Collor no segundo, mas lá estávamos nós, no segundo, com o sapo barbudo do PT, conforme definira o próprio tio Briza. Por um lado, a frustração, pelo outro a firme determinação de fazer o possível e o impossível para que o Collor não fosse eleito. Formávamos um grupo de doze, pois éramos entre oito e os petistas em número de quatro. Estes, pragmáticos como sempre, propuseram que primeiro déssemos o fundo branco em todos os abrigos, no sentido bairro-centro e depois retornássemos para, já com a cal seca, pichar as palavras de ordem previamente escolhidas. Como ninguém se opôs, tocamos o barco, ou melhor, o velho ônibus, branqueando abrigo por abrigo até o centro do município. Quando lá chegamos, fomos interceptados por um velho chevete tubarão buzinando insistentemente. Paramos na mesma hora e, então, do carro desceu um conhecido companheiro que nos abordou muito agitado:
-¨Os cabos eleitorais do Collor estão pichando as paradas que vocês estão caiando!¨, disse, esbaforido, o companheiro mariano.
-Não pode ser. Tem certeza? Perguntou o Leonel incrédulo.
-Claro que sim, passei por eles na frente do clube Cantegril e vi tudo! Confirmou o companheiro Mariano, gesticulando indignado.
Era demais que eles tivessem a cara-de-pau de pegar carona no nosso trabalho, não tanto pelo oportunismo, mas pelo fato de que eles deveriam estar rindo da nossa cara pela sacanagem. Ficamos tão irritados com a notícia que se não fosse o bom senso do companheiro Leonel poderia ter acontecido um massacre. Decidimos, então, de que o Leonel acumularia as funções de motorista e representante do grupo, quando encontrássemos os nossos desafetos, pois os outros estavam totalmente descontrolados e só falavam em ¨dar pau¨, ¨quebrar a cara¨e outra série de ameaças talvez do mesmo nível, mas nem tão importante que se possa mencionar, (ninguém tinha um mísero canivete no bolso). Passado o furor, damos inicio a empreitada: localizar os malditos "espertos".
Passando o Colégio Isabel de Espanha avistamos um fuquinha ao lado do abrigo da parada 33. Mais um pouco e já dava para ver a dupla de abusados com a mão na massa, ou melhor nas trinchas. Pegamos na tampinha! O flagrante estava dado. Agora dependíamos dos argumentos do ¨embaixador¨, apesar da indignação de todos. Paramos o ônibus um pouco à frente do local e descemos cheios de razão. O líder Leonel à frente, impávido, exigindo explicações, com o dedo em riste. Cercamos os dois gaiatos e quando iniciaram a chorumela, o Edinho, podre de bêbado, que havia se afastado sorrateiramente aproximou-se do grupo e num bote acomodou um porrete no lombo de um deles. Um grito na madrugada. Os dois saíram em desabalada carreira, em direção ao fuquinha e nós atrás, mas quando chegamos perto do carro olhei pelo pára-brisa traseiro e com meus “olhos de lince¨ vi um tremendo facão três-listras tão novinho que relampeava entre os bancos da frente. Nem pensei duas vezes, para evitar que alguém se machucasse num possível revide e na esperança de que os gaiatos concluíssem sua fuga, soltei um estrondoso grito bem no meio da confusão: ¨TOCA FOGO! TOCA FOGO!¨. Este ardil era simplesmente para que os dois sujeitos pensassem que tínhamos uma arma e realmente fugissem do local. Porém, esqueci de avisar os meus companheiros. Quando terminei de berrar, senti uma trombada frontal que me atirou uns dois metros para trás, me fazendo despencar num barranco. Até pensei ter levado um tiro de doze, mas era o companheiro Natalino que me deu um peitaço, fugindo. Quando fui levantar senti uma mão me agarrar e me arrastar para trás de umas pedras. Não entendia porque os nossos estavam correndo desesperadamente em todas as direções e, então, perguntei ao Natalino, que ofegante respondeu:
-Ué, tu não ouviu eles gritarem ¨toca fogo¨?
-Mas fui eu que gritei, companheiro! Afirmei.
-Não foi não, foram eles! Reafirmou, cochichando, o companheiro Elias que rastejava atrás de um muro.
Naquela altura do campeonato nem procurei insistir. Achei que seria linchado. Ainda acho. Fiquei ali anestesiado de tanta vontade de rir, mas não podia cometer este erro, levaria uma sova de todos. Passou-se alguns segundos que pareciam uma eternidade e o denso silêncio que envolvia a cena foi rompido pelos ruidosos arranques dos dois carros que não queriam pegar, era nhô nhô nhô nhô nhô de um lado e nhé nhé nhé nhé nhé do outro, acho que por nervosismo dos motoristas, nem o ônibus nem o fuca conseguiam pegar. O pânico era geral. Os petistas já tinham invadido um pátio cheio de cachorros e gritavam sem parar. De onde estávamos dava para escutar nitidamente o Edinho suplicar dentro do ônibus:
-¨pelo amor de Deus, Leonel, faz pegar esta merda senão eles vão dar tiro na gente!¨
Passaram-se alguns minutos e, finalmente, os motores roncaram. A fuga parecia cena de cinema pastelão. Corriam um do outro, lado a lado, até o próximo retorno, que era perto e voltaram pelo outro lado da faixa. Os do Collor reboleavam o facão no ar e esbravejavam, os nossos aceleravam e empurravam o fuca com a lateral do ônibus. Quando passavam ao ponto em que estávamos nos reagrupamos e num ímpeto de coragem passamos a jogar pedras e paus nos, agora, inimigos declarados, até que eles não suportaram a pressão e fugiram em alta velocidade (o fuquinha saiu voando). Era o fim da batalha, enfim podíamos lamber as feridas e fazer o inventário. O Victor e o Hélio, do PT, como sempre, queriam fazer uma reunião de avaliação e nos brizolistas loucos para tomar um trago e relaxar. Ganhamos é óbvio, a maioria não queria mais saber de papo furado depois de tamanha presepada.
Logo em seguida o grupo estava reposto e reunido para partir, mas ainda faltava um, o companheiro Joaquim Piedade. O vileiro mais valente, pois segundo alguns morava na "boca mais 'encardida"da vila Cecília. O único informe é que o tinham-no visto numa correria desenfreada e desaparecendo numa rua escura, ao lado de uma oficina mecânica. Começamos, então, a chamá-lo pelo nome e o desgarrado apareceu de repente, todo sujo de graxa preta e arrastando um enorme cano de descarga. Estava, agora todo cheio de coragem e pronto pra briga. Falava alto e grosso:
-¨cadê os caras?¨
As nossas atividades naquele dia estavam encerradas e hoje compreendo bem o porquê de durante um bom tempo não me deixarem mais participar das pichações.

1988

Cara ou Coroa?

A expressão cara ou coroa é uma das mais conhecidas no mundo, principalmente em se tratando de método de escolha, imparcial, da equipe, ou jogador, que iniciará uma disputa esportiva. No nosso caso, o brasileiro, é uma praxe no futebol. Para o fim que se propõe é um excelente modo de se livrar de uma parafernália de regras como rating, lei de vantagem, etc. e bem melhor do que o duvidoso par ou impar. , diga-se de passagem. Muitos esportes têm outras formas de fazer esta mesma escolha, no xadrez, por exemplo, o árbitro ou simplesmente um dos jogadores apanha dois peões, (um de cada cor) e um com cada mão, e os esconde ás costas, onde após uma simples manipulação novamente estende as mãos fechadas para frente, cruzadas, e então um dos jogadores, ou o opositor escolhe uma das mãos, o sorteador revela, então, com a mão espalmada o peão escolhido pelo jogador. Se aparecer o peão branco, o felizardo iniciará a partida, pois no xadrez a peças brancas sempre iniciam, é uma regra! O modo é simples, mas mesmo assim, nestes sorteios tem-se o cuidado de que o encarregado de efetuar o procedimento retire o relógio de pulso, pulseiras e em alguns casos até anéis vistosos, pois estes podem inocentemente influenciar inconscientemente um adversário incauto e a desejável escolha das peças branca pode ter o seu destino alterado, pois quem joga xadrez sabe a vantagem de iniciar uma partida! Pois bem, voltando a vaca fria, ou melhor, aos frios vinténs o sorteio de cara ou coroa não é tão simples como parece. O ritual é mais ou menos assim: O sorteador mostra as duas faces de uma moeda aos contendores e pede, então que façam suas escolhas após a pergunta ¨cara ou coroa? , em seguida joga a moeda para cima e apanha-a com uma das mãos para logo em seguida coloca-la no dorso da outra mão, assim é mostrada a face que aparente, que após a confirmação de todos, inicia-se a partida. A questão é o seguinte, desconsiderando a suspeita e manipulável manobra, o que foi mostrado da moeda que agradou a todos? Uma face da moeda, obviamente, mas não é só isto, foi revelada uma convenção sobre o significado de cara e de coroa e aí está o xis do problema! Qual é a cara e qual é a coroa da moeda? O senso comum ,e a maioria das pessoas , nos diz que cara é a parte da moeda onde aparece o rosto e a coroa a face que mostra o numeral de valor do dinheiro, certo! Ledo engano! Na realidade o rosto que corresponde ao verso, representa a efígie com seu barrete frígio, símbolo da liberdade nos primórdios da democracia greco-romana.(na idade média e também nos tempos contemporâneos também significou a COROA, ou seja: o Reino ao qual pertencia a moeda) Já o numeral de referência do valor monetário que todos associam à coroa, nada mais é do que a real CARA da moeda (também denominada de anverso), ou seja, a parte frontal, frente, frontispício, apresentação, enfim.Associar cara a rosto é perdoável para uma criança desavisada e até para um barbado ignorante, é uma dedução infantil. Quando falei deste texto para minha sobrinha, uma criança de doze anos, (antes vou avisar, o apelido dela é abobrinha), fiquei perplexo com tamanha sabedoria da pré-adolescente, com aquela familiar vozinha miada soltou está: Ué... Pensei que a cara fosse aquela coroa com chapeuzinho esquisito!

10 de out. de 2008

O Boneco Enforcado

Fui trabalhar de manhã, bem cedinho, apesar da ressaca da festa por meu time ter ganhado na noite anterior.
No ônibus o famoso e inevitável segundo tempo dançava ruidosamente entre os passageiros sobre a espetacular vitória tricolor. A alegre flauta de uns, a triste troca de¨receitas de bolo¨ de outros.
A certa altura das gozações um passageiro até então desconhecido, mas na ocasião aliado dos vitoriosos comentou que após o primeiro gol do adversário (a vitória foi de virada), o seu vizinho da frente de sua casa, e torcedor colorado doente, cujo time não estava jogando, estava numa secação extremada. Explico: O danado pendurou um boneco numa forca, vestido com a camiseta do Grêmio, na soleira da porta e junto com outros amigos acampou em algumas cadeiras na frente da casa e ficaram escutando o jogo num radinho e tomando cerveja.
Quando houve o gol do empate, o que contava a estória foi verificar e percebeu que já não havia ninguém na frente da casa, mas o boneco permanecia ali, enforcado à porta. No momento do gol da virada (e da vitória) e já no finalzinho do segundo tempo, novamente o tricolor foi dar uma olhadela para conferir a cena e então ficou estupefato quando se deparou com a fachada da casa completamente limpa, sem boneco e sem torcedores. Por que será, heim?
Contei esta estória num bar, como se tivesse acontecido comigo e meu vizinho, só para ver a reação de um conhecido grupo de colorados que estavam na mesa ao lado e capitalizar as óbvias gargalhadas da flauta.
No outro dia no mesmo bar um amigo que havia escutado a minha interessante meia verdade revelou que em outra ocasião havia usado a minha estória como se tivesse acontecido com ele, só para alegrar os amigos e gozar os adversários e também por ser uma boa lorota, como todos acharam. Mas o mais interessante é que ele achou a maior graça quando falei que também havia mentido sobre a autoria. Então concluímos que duas meia-verdades resultava numa verdade inteira e ainda sobrava uma boa mentira.
Nos jogos seguintes vários casos de bonecos enforcados em frente de casas de adversários foram relatados por outros amigos. Era o sinal que precisávamos para ficar tranqüilos, as próximas estórias seriam verdadeiras.


Novembro de 1998

7 de out. de 2008

O Cafajeste!

Tem um traste que é vereador e se reelegeu recentemente que rasteja por estas bandas. O elemento não mora em Viamão, portanto não tem domicílio eleitoral no munícipio onde tem representatividade, mas tem se reelegido com a maior naturalidade do mundo nos últimos vinte anos. O pior é que a "injustiça" sabe de tudo e pelo jeito não faz muito com o que sabe, pois o cara já foi até processado e não aconteceu nada até agora. O elemento é uma fraude ambulante, pois, pasmem, na casa de um de seus cabos eleitorais, também um cafajeste, ele registrou mais de cem eleitores de Porto Alegre! O cara é um vigarista de 1ª categoria. Mas convém fazer um registro: ele se reelege porque é eleito por eleitores lacaios, que rifam sua dignidade em troca de favores pessoais, aliás se é que estes eleitores (uma corja) tem algo que se possa chamar de honra, ou dignidade. Penso que este traste de tão baixo nível é o representante legítimo destes vermes que rastejam atrás de seu vômito podre para alimentarem as suas desprezíveis existências. No meu trampo ele seria chamado de "piratão cu-de-cachorro!", e os seus lacaios de "cabeças-de-lata!".
Um deboche à democracia

Estou perplexo com o que testemunhei no dia da eleição. Rumores de compra de, pasmem, candidatos ao cargo de vereador, isto mesmo, não foi simplesmente compra de votos, mas compra de candidatos! E com grandes somas em dinheiro vivo! Hoje em dia grande parte dos candidatos compram os votos dos eleitores indiretamente,ou seja, contratam os “bocas-de-urna” para panfletarem a “cola” (santinho) do candidato que na maioria das vezes não tem nada de santinho, nas proximidades de uma seção eleitoral e eles desrespeitosamente ficam assediando os eleitores na entrada e, pasmem novamente, dentro do local de votação! Numa escrachada afronta debochada da legítima e sagrada democracia. Um verdadeiro festival de constrangimento ao direito do eleitor de pensar e decidir em qual candidato irá votar.
Acho que o fim do mundo está próximo, explico: Nunca se viu tanta corrupção e tantos candidatos corruptos se candidatarem e se elegerem de forma ilegítima. Mas quem fiscaliza a eleição? Os fiscais dos partidos? Os tribunais eleitorais? A polícia?
Uma nova modalidade de fraude está em voga, o candidato promete 50,00 para quem mostrar o registro da votação gravada num celular! Não é mais uma ingênua gratificação para os militantes fazerem presença com as bandeiras e camisetas no dia da votação, o que muitos chamam de “propaganda silenciosa”, mas a invasão da sagrada privacidade do direito do eleitor decidir em quem quer votar é uma violência à consciência do cidadão!

3 de set. de 2008


A Borboleta Coruja

Eu sempre gostei de borboletas, aliás, este é o animalzinho mais belo na face da terra, pois além da beleza natural de suas cores considero este bichinho muito esperto, ágil e alegre. Mas o fato que vou relatar teve grande significado na minha vida devido ao impressionante mistério (presságio) que aconteceu comigo e uma bela e enorme borboleta Coruja. Era aproximadamente 6h da tarde de março de 2008, um dia muito quente, eu e o meu amigo Volnei estávamos sentados nas pedras do terreno da esquina proseando e tomando uma lata de cerveja, cada um, quando, entrementes, passou uma enorme borboleta na nossa frente voando graciosamente em direção às árvores do fundo do pátio, neste interim comentei sobre a beleza daquele animal, então ela deu meia volta, veio por trás de nós e pousou no meu ombro esquerdo, ficamos boquiabertos pois ela parou uns cinco segundos e, quando pensamos que iria embora, pousou no meu rosto, brevemente, para nosso assombro, quando achamos que ela sairia voando, o que seria natural, ela pulou nos meus lábios, um instante e, depois saiu voando alegremente, como antes, para o lugar de onde tinha vindo.
No outro dia eu tinha um assunto importante para tratar e, então o resultado foi favorável.

Meses antes, numa situação anterior, quando eu saí de casa, uma pequena borboleta ficou presa no limpador de parabrisa, mas como eu já estava atrasado e não parei para tirá-la, levei então a bichinha até o meu destino, local onde a retirei do local. O resultado da tratativa foi favorável, também!

1 de set. de 2008

Os covardes!

"Aqueles que humilham os mais fracos são
os mesmos que adulam os mais fortes"

Ovídio (orador latino)

24 de mai. de 2008

Universo

Universo

Não será meu universo
um mundo a parte no mundo
do teu mundo o inverso
no meu verso finito
um mundo sem fundo

Nesta imensidão gelada
navegamos à deriva
em silencioso vagar,
pelos teus olhos serenos,
pelos meus goles de bar

Uns por terra passeando
outros flutuando no ar,
mas todos provam a
lágrima
do doce fogo de amar

O tempo passa voando
esculpindo o caminho
com as mãos frias de pedra
num carinho lapidar

23 de mai. de 2008

Caminhante

Caminhante

"Caminhante, não há caminho,
O caminho é feito ao andar,
Ao andar se faz o caminho
E ao olhar para trás,
Vê-se a senda que nunca
Se vai voltar a trilhar.

Caminhante não há caminho,
Somente estrelas no mar."

Antônio Machado
Poeta espanhol (1875-1939)


Obs.: Note-se que o tradutor
falha ao traduzir estelas por estrelas,
mas foi feliz no erro, pois ficou bem melhor
(figura mais bela) do que se colocasse sulcos
(marcas da passagem um barco - que logo
se apagam).

Há na história muitos casos de tradução
que se notabilizaram por causar
constrangimentos aos tradutores,
pelo sentido ilário e ridicularizante e até

contraditório, mas há um caso, em especial, pois não
se trata da essência da tradução e sim
do significado da expressão, em que o
autor, Lenine (líder comunista soviético)
escreveu um livro que nem precisava ter
escrito, era só fazer o layout da capa e
colocar o título, este sim extremamente
auto-explicativo para sua tese sumamente
óbvia, lógica. Explico: O título do livro
é "Esquerdismo, a doença infantil do
comunismo."

22 de mai. de 2008

fragmento do poema "Via Láctea" de Olavo Bilac

Abaixo citei um pedaço do poema "Via Láctea" de Olavo Bilac
pois me lembrei da bela música do Belquior que cita o trecho.
Dois gigantes da arte, um da poesia e outro da música.

Via Láctea - XIII

"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouví-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...

E conversamos toda a noite, enquanto
A via láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas! Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo!"

E eu vos direi: "Amai para entendê-las!
Pois só que ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e entender estrelas."

Olavo Bilac

Natureza

"O homem está em conflito com a natureza,
e a cultura humana é a responsável, logo,
o caminho é a humanização da cultura,
assim a natureza estará em armonia
com a humanidade"

A Senda

"A profissão de um homem
é a eterna busca da paz,
não importa o que ele faz"

Gandhi

Família

"A família é o mais sagrado
santuário deste
Universo"

Gandhi

7 de mai. de 2008

Poe Minhas

Reflexão

Vejo-me no espelho-d'água
entre os átomos que somos
há sombras de outro lugar.
Serei coração que bate,
ou brancas nuvens no céu?

O que foi feito de mim
por tudo dentro do espelho?
Serei traços do passado
num hiato, ou só linguagem?

Como ser pedra e vidraça,
se sou apenas imagem
dançando por entre as ondas
da fria água que passa?

Lógica dos OPOSTOS

"Provar algo é negar o seu oposto,
Provar o oposto é negar o que se havia
provado; Deus não tem OPOSTO,
como negá-lo, ou prová-lo?
Gandhi