22 de mar. de 2009

Nunca é demais repetir este texto...

A Misteriosa Suástica

A Suástica, erroneamente chamada de "cruz" ou, "símbolo criado pelos nazistas", tem sua verdadeira origem no termo sânscrito svatica, derivado de svati que significa “boa vida, boa fortuna”, de su que é “bom”, e asti, significando “ser”. Resumindo, este sinal, poderoso na cultura indiana e na semiologia moderna, quer dizer “vitória em todos os sentidos”. Foi apropriado pelos nazistas, que o descobriram em meio aos antigos símbolos indo-europeus, sendo estes (nazistas)denominados equivocadamente de “arianos”, e considerados como uma raça superior, de super-homens nórdicos, louros guerreiros do norte da Europa (...no início haviam gigantes brancos, lembram?), e que deveriam conquistar as raças “inferiores” do sul. A questão é que apesar do conhecimento de Hitler e seus asseclas (líder e membros da antiga seita Tule) sobre a espiritualidade indiana, estas teorias etnológicas de eugenia carecem de embasamento científico, e histórico. Também é importante referir que Hitler era vegetariano e mantinha dois astrólogos (de plantão), como assessores. Não tomava uma decisão importante sem consultar os mapas astrais.

Certo dia estávamos sentados em baixo da enorme figueira do asham da master unid, Ananda Daksina, da organização espiritual Ananda Marga, em Viamão, e um velho filósofo indiano fazia sua preleção matinal sobre a importância da ásanas (exercícios) na ioga e na meditação. Então, já perto do término, como era de costume, passou a nos contar uma história, e desta vez era sobre a verdadeira origem da suástica, que faz parte do nosso símbolo principal, a Pratik, que, resumindo, significa vitória espiritual.

“Há milênios havia uma pequena e próspera aldeia, localizada no norte da Índia, encravada numa região cercada por montanhas pelo norte e pelos dois flancos, uma espécie de ferradura, e pela frente, o sul, era “cercada” pela corredeira de um barulhento riacho, formado pelas águas cristalinas e geladas das neves derretidas da cordilheira.
Devido a este isolamento geográfico (e geopolítico), os aldeões deste povoado tiveram a oportunidade de desenvolverem grandes avanços em várias áreas da cultura humana, como na agricultura de subsistência, nas artes, na ciência, no artesanato, na música, na educação, enfim, a prosperidade era tanta que sobrava-lhes tempo para a dedicação às antigas tradições filosóficas e espirituais da região, como a yoga e a meditação, proporcionando aos habitantes da pacata aldeia a construção de uma dedicada e sofisticada sociedade, baseada em valores humanos e espirituais.
Esta pujança, porém, atraiu a cobiça de outras aldeias das proximidades, mais pobres, pois usavam o seu precioso tempo para a construção de armas e o treinamento de seus soldados para a guerra e conquista de territórios. Estes povoados beligerantes usavam todo o tipo de táticas e estratégias de batalha, inclusive aliando-se umas com as outras, para invadir e saquear as riquezas do seu vizinho, mas sempre saiam derrotados em suas investidas, pois os aldeões atacados, apesar de serem mais frágeis militarmente, eram protegidos pelos caprichos da natureza da região, assim não conseguiam invadir pela frente, o sul, porque a correnteza do riacho os impedia, e, pelos flancos e fundos era impossível devido as imensas escarpas das montanhas.
Entrementes, a parte mais interessante é que esta posição privilegiada, em forma de aconchego, em que as montanhas estavam dispostas geravam um fenômeno meteorológico fantástico: faziam com que o vento gelado soprasse as nuvens para o local, de tal modo que elas girassem lentamente e, com freqüência, brindassem aos habitantes com a formação de uma imensa suástica branca pairando no céu azul sobre a invencível aldeia. Então, os yogues líderes passaram a atribuir àquele formato de nuvens como o sinal de um bom presságio, assim nasceu o símbolo da vitória."
Janeiro de 2009

19 de mar. de 2009

Juntos acabamos com este mal, a Cartilha!

Assédio Moral II

Semapi lança cartilha sobre Assédio Moral, no dia 17, no Semapi Na terça-feira, 17 de junho, às 18h30, o Semapi estará lançando a cartilha "Assédio moral. Juntos acabamos com esse mal". O lançamento contará com uma palestra e debate sobre Assédio Moral. Os palestrantes serão Ana Costa (coordenadora do NIT - Núcleo de Igualdade no Trabalho) e Alberto Bujardon (Professor da Escola Latino-americana de Medicina de Cuba).A cartilha "Assédio Moral. Juntos acabamos com esse mal" é uma iniciativa do Semapi para informar e esclarecer sobre esse grave problema dos nossos locais de trabalho. Na cartilha, o trabalhador encontrará informações sobre as formas de assédio moral, os males que ele traz para a saúde do trabalhador, o que fazer em caso de Assédio, locais onde denunciar e muitas outras informações. Como dizemos na cartilha "A maior arma que os trabalhadores (as) têm contra as opressões que sofrem no seu local de trabalho é a informação. Conhecer como se dão essas opressões e as suas origens é a melhor ferramenta para combater as injustiças."

Comentário de DANIEL SOARES


ASSÉDIO MORAL III
Assédio Moral
O assédio moral está ligado à idéia de humilhação, isto é, com o sentimento de ser ofendido, menosprezado, rebaixado, constrangido, etc. A pessoa que é vítima de assédio moral se sente desvalorizada e envergonhada. No ambiente de trabalho o assédio moral pode ser identificado por humilhações constantes, geralmente provocados por um chefe ou superior na escala hierarquica, que levam à uma degradação das condições de trabalho. A vítima, com medo de perder o emprego, se sente de mãos atadas diante das hostilidades acaba se submetendo ao rebaixamento. Os colegas de trabalho também amedrontados, aderem à um pacto de tolerância e silêncio deixando a vítima cada vez mais isolada e sem ter a quem recorrer. Em grande parte dos casos o assédio moral tem como objetivo criar uma situação insustentável, pressionando o empregado para que ele peça demissão. Segundo a advogada trabalhista Sílvia Helena Soares "para não arcar com as despesas trabalhistas, o empregador cria um ambiente insuportável e assim o funcionário acaba pedindo demissão".
Como identificar,

O trabalhador:
- é isolado dos demais colegas;
- é impedido de se expressar sem justificativa;
- é fragilizado, ridicularizado e menosprezado na frente dos colegas;
- é chamado de incapaz;
- se torna emocional e profissionalmente abalado, o que leva à perder a auto-confianç a e o interesse pelo trabalho;
- se torna mais propenso a doenças;
- é forçado a pedir demissão.


O agressor:
- age através de gestos e condutas abusivas e constrangedoras;
- busca inferiorizar, amedrontar, menosprezar, difamar, ironizar, dá risinhos, suspiros, e faz brincadeiras de mau gosto;
- ignora, não comprimenta e é indiferente à presença do outro;
- dá tarefas sem sentido e que jamais serão utilizadas;
- controla o tempo de idas ao banheiro, impõe horários absurdos de almoço, etc.

Como consequência o trabalhador humilhado pode sofrer de angustia, entrar em depressão e até mesmo pensar em suicídio. São muito comuns distúrnio do sono (falta ou excesso), descontrole emocional, crises de choro, irritabilidade, aparecimento de dores (de cabeça e por todo o corpo), perda de apetite, tonturas, taquicardia, aumento da pressão arterial, problemas digestivos e, em alguns casos, fuga por meio de álcool e drogas. Isto significa que o assédio moral produz reflexos muito sérios na vida daqueles que passam por isso.

Como lutar contra o assédio moral

Tomar nota das humilhações sofridas com data, hora, local, quem foi o agressor, quem testemunhou, o que aconteceu, o que foi falado, etc.
Procurar ajuda de colegas, em especial daqueles que testemunharam e os que também já sofreram humilhações.
Evitar conversar com o agressor sem testemunhas.
Caso seja uma empresa grande, onde o chefe direto não é o dono da empresa, relate o que vem acontecendo ao RH (Recursos Humanos) ou DP (Departamento Pessoal).
Procurar ajuda de diretores, médicos ou advogados do sindicato ao qual é filiado;
Relatar o que vem ocorrendo ao Ministério Público;
Buscar auxílio da Justiça do Trabalho;
Buscar apoio em Comissões de Direitos Humanos;
Caso o assédio moral esteja gerando danos à sua saúde, procure um centro de referência e saúde do trabalhador;
Não se cale e comente o que ocorre com familiares e amigos. Nestas situações a solidariedade é fundamental.
O trabalhador vítima de assédio moral pode processar seus chefes e empregadores por danos morais em virtude de humilhações sofridas. Para isso é muito importante reunir o maior número de provas que caracterizam o assédio, como troca de e-mails, testemunhas dispostas a falar, etc. e procurar a justiça do trabalho.

Texto de Daniel Soares

SARAVÁ!

17 de mar. de 2009

Um pouco de legislação trabalhista.

Assédio Moral

Semapi debate o assédio moral com os servidores da Fepam

Por Daniel Soares

“Violência psicológica e assédio moral no trabalho” foi o tema da palestra da psicóloga Mayte Raya Amazarray promovida pelo Coletivo de Saúde do Trabalhador do Semapi na Fepam na tarde desta segunda-feira, dia 13. Os presentes puderam tiraram suas dúvidas sobre esta forma perversa de agressão no ambiente de trabalho. Após a apresentação do diretor Antenor Pacheco, a mesa foi coordenada pelo diretor Daniel Soares, responsável pelo coletivo. Também participou do debate o assessor jurídico do Sindicato Cláudio Mica que esclareceu como o trabalhador pode se defender e buscar proteção na justiça, apesar de não existir leis que tratem especificamente do tema. A psicóloga Mayte iniciou sua apresentação explicando que o assédio moral acontece quando um trabalhador é constantemente humilhado e constrangido, de forma repetitiva e prolongada por chefias, colegas ou, mais raramente, por subordinados. Segundo ela, uma das principais estudiosas do assunto, a psiquiatra Marie-France Hirigoyen diz que o assédio moral se manifesta principalmente por “comportamentos, palavras, atos, gestos, escritos que possam trazer dano à personalidade, à dignidade ou à integridade física ou psíquica de uma pessoa, pôr em perigo seu emprego ou degradar o ambiente de trabalho”. Mayte salientou que o assédio se caracteriza por atos negativos com o fim de expor as vítimas a situações incômodas e humilhantes. “De regra o assédio se dá de uma forma sutil. O risco é invisível e o grande problema ainda é a prova”, destacou. Mas também ressaltou que o assédio só se estabelece onde impera o medo. “Se não há medo, não há assédio moral no trabalho”. Segundo Mayte, após constatado o assédio moral, o trabalhador deve reunir provas para sua comprovação, principalmente anotando todos os detalhes. Além disso, deve dar visibilidade, denunciando ao Sindicato, ao departamento de Recursos Humanos da empresa, à CIPA, DRT e Ministério Público. Também é fundamental buscar apoio social, médico, psicológico e jurídico. Mayte ainda falou sobre um novo conceito que tem sido discutido que é o assédio organizacional, ou seja, uma política de gestão da empresa. Segundo ela, a denúncia deste tipo de assédio deve ser encaminhada coletivamente pelos trabalhadores. Após o debate, os diretores do Semapi distribuíram aos trabalhadores presentes a cartilha “Assédio Moral – Juntos Acabamos com esse Mal” e a camiseta produzidas pelo Coletivo de Saúde do Trabahador. Todas as principais informações sobre o tema podem ser encontradas nesta cartilha, que está disponível a todos os interessados, na sede do SEMAPI.

9 de mar. de 2009

Mais um pouco de filô pré-socrática...

TALES DE MILETO

Um sofista se aproximou de Tales de Mileto, um dos Sete Sábios da Grécia Antiga, e intentou confundi-lo com as perguntas mais difíceis. Porém o Sábio de Mileto esteve à altura da prova porque respondeu a todas as perguntas sem a menor vacilação e assim mesmo com a maior exatidão.

1 - Qual é a coisa mais antiga?

-- Deus, porque sempre tem existido.

2 - Qual é a coisa mais formosa?

-- O Universo, porque é obra de Deus.

3 - Qual é a maior de todas as coisas?

-- O Espaço, porque contém todo o Criador.

4 - Qual é a coisa mais constante?

-- A esperança, porque permanece no homem depois que haja perdido todo o mais.

5 - Qual é a melhor de todas as coisas?

-- A Virtude, porque sem ela não existe nada de bom.

6 - Qual é a mais rápida de todas as coisas?

-- O Pensamento, porque em menos de um minuto pode voar até o final do Universo.

7 - Qual é a mais forte de todas as coisas?

-- A Necessidade, porque faz com que o homem enfrente todos os perigos da vida.

8 - Qual é a mais fácil de todas as coisas?

-- Dar conselhos.

Porém, quando chegou à nona pergunta, nosso Sábio disse um paradoxo. Deu uma resposta que, estou seguro, não foi jamais entendida pelo mundano interlocutor, e que, para a maioria das pessoas terá um sentido superficial. A pergunta foi esta:

9 - Qual é a mais difícil de todas as coisas?

E o Sábio de Mileto replicou:

-- Conhecer a si mesmo!

7 de mar. de 2009

Quem não arrisca, não petisca!

CORRER RISCOS


Rir é correr risco de parecer tolo.
Chorar é correr o risco de parecer sentimental.
Estender a mão é correr o risco de se envolver.
Expor seus sentimentos é correr o risco de mostrar seu verdadeiro eu.
Defender seus sonhos e idéias diante da multidão é correr o risco de perder as pessoas.
Amar é correr o risco de não ser correspondido.
Viver é correr o risco de morrer.
Confiar é correr o risco de se decepcionar.
Tentar é correr o risco de fracassar.
Mas os riscos devem ser corridos, porque o maior perigo é não arriscar nada.
Há pessoas que não correm nenhum risco, não fazem nada, não têm nada e não são nada.
Elas podem até evitar sofrimentos e desilusões, mas elas não conseguem nada, não sentem nada, não mudam, não crescem, não amam, não vivem.
Acorrentadas por suas atitudes, elas viram escravas, privam-se de sua liberdade.

Somente a pessoa que corre riscos é livre!

Seneca
(orador romano)
O MELHOR DE VOCÊ

Madre Teresa de Calcutá

Dê sempre o melhor
E o melhor virá...
Às vezes as pessoas são egocêntricas, ilógicas e insensatas...
Perdoe-as assim mesmo.
Se você é gentil, as pessoas podem acusá-lo de egoísta e interesseiro...
Seja gentil assim mesmo.
Se você é um vencedor, terá alguns falsos amigos e alguns inimigos verdadeiros...
Vença assim mesmo.
Se você é honesto e franco, as pessoas podem enganá-lo...
Seja honesto e franco assim mesmo.
O que você levou anos para construir, alguém pode destruir de uma hora para outra...
Construa assim mesmo.
Se você tem paz e é feliz, as pessoas podem sentir inveja...
Seja feliz assim mesmo.
O bem que você faz hoje pode ser esquecido amanhã...
Faça o bem assim mesmo.
Dê ao mundo o melhor de você, mas isso pode nunca ser o bastante...
Dê o melhor de você assim mesmo.
E veja você que, no final das contas...

É entre VOCÊ e DEUS...

Nunca foi entre você e eles!

4 de mar. de 2009

Maquiavel

Há duas espécies de principados: os hereditários e os novos.

Sem se deter nos hereditários, onde o príncipe recebe o poder sem grandes dificuldades, seu objetivo de reflexão se preocupa com o principado novo no qual se encontra toda a dificuldade para sua aquisição e conservação. Estes ele subdivide em inteiramente novos e mistos (aqueles que são anexados aos hereditários). Outra subdivisão são os principados eclesiásticos onde afirma, com certa ironia, que é Deus quem os conquista e os conserva, e, portanto, estarão fora de sua análise.
Enumera quatro maneiras de se conquistar um principado e outras tantas para como conservá- los ou perdê-los.
Conquista-se pela virtude, pela fortuna, pela perversidade e pelo consentimento dos próprios cidadãos. Para conservá-los o príncipe deve amedrontar, intimidar, constranger os vencidos para que eles silenciem. Deve ser forte e estar sempre suficientemente armado. Embora endereçada aos Médici, é César Bórgia quem o autor descreve como o tipo ideal de governante que a Itália precisa:
Quem considerar necessário garantir-se em seus novos domínios contra os inimigos, fazer amizades, conquistar pela força ou pela fraude, fazer-se amado e temido pelo povo, seguido e reverenciado pelos soldados, destruir os que podem e querem ofendê-lo, inovar antigos costumes, ser bom e severo, magnânimo e liberal, suprimir a antiga milícia e substituí-la por outra, manter a amizade dos reis e dos príncipes de modo que tenham satisfação em assisti-lo, e medo de injuriá-lo, não poderia encontrar melhor exemplo que na conduta deste pensador.
Suas observações sobre como os grandes homens da época e da história enfrentaram o destino e moldaram, a partir de suas circunstâncias (as circunstâncias e as decisões tomadas diante das circunstâncias) sua própria sorte, faz de O Príncipe um marco do pensamento moderno. A política passa a ser uma realização humana, compreendida a partir da observação das relações. Defende a idéia de que a ação humana pode transformar e construir seu próprio destino. O destino do homem é obra do seu próprio talento, de suas virtudes.
A origem do poder deixa de ser divina e se encontra na força. O triunfo do mais forte é o fato essencial da história. Assim afasta qualquer preocupação de direito na aquisição. Essa verdade pode não ser agradável aos ouvidos, mas é uma constatação concreta da realidade, longe de qualquer divagação idealista ou irreal.
Quem despreza o que se faz pelo que deveria ser feito, aprenderá a provocar sua própria ruína, e a não defender-se.
Maquiavel nunca diz que quer mudar a realidade, nem se propõe a isso. Busca na idéia de uma espécie de natureza da política que deve ser compreendida e aceita pelo príncipe, encontrar as virtudes necessárias para a conquista e manutenção do poder que seriam: a impetuosidade e a prontidão de espírito para compreender, aceitar as coisas (relações políticas) como elas são e não hesitar em agir.