11 de nov. de 2009

A polêmica mesada!

Dinheiro: erros e acertos na educação financeira de seus filhos


Entre 5 e 7 anos, a capacidade de entender questões relacionadas a dinheiro ainda é muito pequena. A criança não está pronta para controlar gastos nem diferenciar o caro do barato. Assim quando o assunto é dinheiro, a grande influência na vida de uma criança são seus pais.

“Mas a educação financeira das crianças não se resume a ensiná-las a poupar”, diz a educadora Cássia D’Aquino. “Elas precisam aprender também como gastar o seu dinheiro.” A cada fase da infância e da adolescência, amplia-se a capacidade de compreender o valor das coisas e planejar a vida financeira de curto, médio e longo prazos. Não transmitir informações na hora certa e de forma adequada significa aumentar o risco de que um adulto tenha uma relação ruim com o dinheiro. Psicólogos e educadores elencaram os erros mais comuns cometidos pelos pais na educação financeira dos filhos em várias faixas etárias.

SITUAÇÃO: pôr o filho a par de todos os detalhes da situação financeira da família – quanto os pais ganham, quanto custa cada coisa da casa, quais as dívidas.
Por que os pais o fazem: acreditam que a criança deve, desde cedo, conhecer a realidade financeira da família para que entenda que é preciso economizar.
Por que está errado: se os pais começam a detalhar contas, gastos e dificuldades, as crianças podem entender que custam muito caro à família e ficar angustiadas. É comum que comecem a dizer que não precisam de determinadas coisas – um comportamento que os pais acham “bonitinho” mas que, nessa faixa etária, costuma ser sinal de ansiedade.
A estratégia correta: a criança precisa de exemplos práticos para começar a entender o valor das coisas. Se a família vai viajar de férias, já é um bom começo pedir a ela que participe das economias da casa naquele momento específico.

SITUAÇÃO: esconder do filho dificuldades financeiras e sustenta, com grande sacrifício, um padrão de vida irreal.
Por que os pais o fazem: porque temem frustrar a criança.
Por que está errado: isso dá à criança uma visão distorcida das suas possibilidades. No futuro, ela pode se tornar um adulto que faz qualquer coisa para aparentar um poder aquisitivo que não tem.
A estratégia correta: sempre que houver dificuldades financeiras, a criança deve ser informada da verdade e das providências tomadas: sem floreios nem excesso de negatividade.


Na fase dos 8 aos 12 anos, surgem as primeiras comparações com a situação financeira dos amigos. Roupas e acessórios de marca passam a fazer parte da lista de vontades dos filhos, e é comum que eles perguntem sobre as finanças dos pais. Ainda não entendem situações complexas como dívidas da família.

OS ERROS MAIS COMUNS NESSA FASE

SITUAÇÃO: abrir uma poupança para aplicar a mesada do filho – e impedi-lo de mexer nesse dinheiro.
Por que os pais o fazem: porque acreditam que é importante ensinar os filhos a poupar desde cedo.
Por que está errado: parte do processo de aprender a economizar dinheiro é saber como gastá-lo. E isso inclui fazer escolhas e, eventualmente, arrepender-se delas.
A estratégia correta: até os 11 anos, a melhor maneira de ensinar a poupar é estimular objetivos de curto prazo. Um exemplo: se a criança quer comprar figurinhas e precisa poupar 1 real por semana, ajude-a a economizar usando o cofrinho. A partir dos 12 anos, a poupança é uma opção, mas sem o uso do cartão.

SITUAÇÃO: estabelecer valores para tarefas de casa, como arrumar o quarto ou ajudar a lavar a louça.
Por que os pais o fazem: para estimular a criança a fazer tarefas às quais não está acostumada e ensinar-lhe o valor do trabalho.
Por que está errado: atrelar um preço ao que a criança faz transforma a relação entre pai e filho em um negócio – e isso diminui a autoridade dos pais.
A estratégia correta: antes dos 11 anos, vale mostrar à criança que ela deve ajudar em casa por que faz parte da família, e não pelo dinheiro. A partir dessa idade, os pais podem “contratá-la” para uma tarefa específica, como lavar o carro ou dar banho no cachorro.

SITUAÇÃO: dar dinheiro ao filho como forma de prêmio por ter conseguido boas notas na escola.
Por que os pais o fazem: para tentar manter o controle sobre o desempenho escolar da criança.
Por que está errado: prometer remuneração para boas notas é mostrar à criança que o importante é o resultado, e não o processo de aprendizado. (fazer algo).
A estratégia correta: jamais ofereça dinheiro como recompensa por um bom desempenho. Há algumas opções para gratificar o filho, como fazer elogios ou mesmo levá-lo ao restaurante de que gosta.



Dos 13 aos 17 anos, o adolescente já tem alguma capacidade de compreensão, organização e planejamento a médio prazo do uso do dinheiro. No entanto, ainda tem dificuldade com o manejo a longo prazo.

OS ERROS MAIS COMUNS NESSA FASE

SITUAÇÃO: dar ao adolescente um cartão de crédito.
Por que os pais o fazem: porque acham que os filhos já têm maturidade suficiente para usá-lo.
Por que está errado: o cartão de crédito ensina somente a gastar e nunca a economizar. Isso solapa o aprendizado da poupança, que é especialmente importante na adolescência.
A estratégia correta: o cartão só deve ser introduzido a partir dos 18 anos e, ainda assim, em uma conta conjunta com um dos pais. É a forma de acompanhar de perto a relação do filho com os gastos. Se o cartão for necessário antes dessa idade, como no caso de viagem, é bom dar a ele primeiro um cartão de débito. Fica mais fácil controlar o que entra e o que sai.

SITUAÇÃO: abrir uma conta para o filho e acompanhar o extrato sem que ele saiba.
Por que os pais o fazem: para manter algum controle sobre a vida dos filhos.
Por que está errado: depositar confiança gradualmente no filho à medida que aumenta sua capacidade de organização financeira é um passo fundamental na educação. Se ele se sente espionado, a tendência é tentar burlar os mecanismos de controle ou desafiar os pais.
A estratégia correta: uma vez aberta a conta, é preciso dar autonomia ao filho. Se ele gasta a mesada muito rápido. Algo pode estar errado, e aí, sim, é bom investigar.


DE 18 A 21 ANOS ele já é perfeitamente capaz de assumir sua vida financeira, fazer escolhas e ser responsável por seus atos.

O ERRO MAIS COMUM NESSA FASE

SITUAÇÃO: dar mesada ao filho com mais de 21 anos.
Por que os pais o fazem: como os filhos estendem cada vez mais a permanência na casa dos pais, muitos continuam a tratá-los como dependentes, ainda que já sejam maiores de idade e recebam o próprio salário.
Por que esta errado: o jovem não se sente estimulado a trabalhar. Muitas vezes o salário é inferior ao que recebia dos pais. Frustração e acomodação no início da vida adulta comprometem o amadurecimento.
A estratégia correta: é importante que, a partir do momento em que entra na faculdade e começa a fazer um estágio, o filho assuma pequenas contas ou despesas da família. Pode ser a própria conta de celular, a gasolina do carro ou mesmo o pão que compra todos os dias pela manhã.

Fonte: Magazine Veja – Anna Paula Buchalla

7 de nov. de 2009

UM GUIA PARA EDUCAR JOVENS DO SÉCULO XXI


Crianças de 5 a 12 anos

Conhecer a fundo essa fase é essencial ao desenvolvimento físico e emocional de seus filhos. Uma orientação correta, agora, vai ajudá-los a enfrentar os desafios de adolescência.

Uma zona cinzenta parece separar os primeiros anos de vida e a adolescência. É como se, dos 5 aos 12 anos, a criança passasse por uma época de relativa calma e poucas modificações. Nada mais falso. Nesse período, meninos e meninas estão em plena formação física e emocional, experimentando uma série de novos papéis sociais. São anos de transição, é verdade, mas muito importantes e, às vezes, difíceis. Foi pensando nisso que, nos Estados Unidos, os membros da Associação Americana de Medicina (AMA) lançaram a Juventude Saudável 2000, uma campanha educacional para promover a saúde e o bem-estar infantis, que contou com a colaboração da Academia Americana de Pediatria (AAP). A revista norte-americana Good Housekeeping, uma das patrocinadoras do programa, publicou um guia, que reproduzimos para você, orientando os pais sobre o desenvolvimento físico, emocional e social das crianças entre 5 e 12 anos.


DESENVOLVIMENTO FÍSICO


Como é difícil crescer!

Quem não lembra a canção de ninar – murmurada junto ao berço ­­- os primeiros passos do bebê, as primeiras palavras... parece ontem. Agora seu filho está mais velho, mais independente, e caminha confiante para as sucessivas mudanças que o esperam. Ele não se importa com a complexidade da fase que precede a adolescência. Só quer crescer, descobrir coisas novas. Por volta dos 5 ou 6 anos, a escola assume o papel central. Amigos e conhecidos já fazem parte da rotina infantil. A criança passa mais tempo com os coleguinhas. Sua auto-estima é testada diariamente. Interesses externos – do esporte ao primeiro acampamento, da aula de música à natação – exigem muito da jovem cabecinha. Os pais precisam ficar atentos e redobrar sua dose de paciência, pois os hábitos e padrões de comportamento adquiridos durante esse período terão uma influência crucial: na saúde, no desenvolvimento escolar, na sociabilidade do futuro adolescente.
Embora a curiosidade seja a nota dominante, as crianças nem sempre contam aos pais o que estão sentindo. Elas se preocupam com seu corpo, com os colegas, com as notas que tiram no colégio. Receiam não ser boas o suficiente. Para construir uma base sólida de comportamentos saudáveis, para aprender, crescer, fazer o melhor que podem, seus filhos mais do que nunca precisam de você.


Atenção às mudanças físicas

No período entre 5 e 12 anos, as transformações físicas e o crescimento podem ser graduais, burlando as expectativas de uma mãe coruja. No entanto, fatos importantes estão ocorrendo no organismo infantil:

- Devido às mudanças na acumulação e localização das gorduras, muitas crianças se tornam mais esguias. Em relação ao resto do corpo, as pernas agora são mais longas.

- Quanto à altura, você notará um aumento de cerca de 5 centímetros por ano.

- Em relação ao peso, a criança ganhará entre 2,5 e 3 quilos por ano até começar a puberdade, quando as taxas de crescimento sobem rapidamente e se acentuam as diferenças sexuais entre meninos e meninas.

- A massa muscular aumenta, tornando a criança mais forte. Sua coordenação motora se desenvolve. Note como ela amarra o cadarço do tênis com facilidade. Enquanto uma criança de 7 anos ainda não é capaz de pegar uma bola voando, outra de 10 provavelmente poderá fazê-lo. Montar um carrinho ou costurar é mais uma habilidade que se adquire por volta de 9 anos.

- Os cabelos se tornam ligeiramente mais escuros e a textura da pele, aos poucos, perde as características da primeira infância.

- O tempo e o padrão de crescimento são influenciados pela hereditariedade e pela puberdade. Pais altos geralmente têm filhos altos. No entanto, podem ocorrer grandes arrancadas de crescimento, seguidas por períodos de mudanças insignificantes. Lembre-se: os padrões variam de uma criança para outra. Numa sala de aula (da 1ª à 5ª série primária), a diferença entre o aluno mais alto e o mais baixo pode chegar a 12,7 centímetros. Cerca de 25% das crianças ganham mais altura durante a adolescência.

- Nas meninas, o desenvolvimento das mamas é o primeiro sinal da puberdade. Os pediatras chamam esses seios incipientes de “brotos”. Eles aparecem entre os 8 e os 13 anos. O mais elevado índice de crescimento feminino (em altura, peso e massa muscular) se verifica um ano depois da entrada na puberdade, e a primeira menstruação (menarca) em geral ocorre dois anos mais tarde, entre os 11 e 13 anos.

- Nos meninos, os primeiros sinais da puberdade são o aumento dos testículos, o avermelhamento da bolsa escrotal, que se torna mais delgada, e o aparecimento de pêlos púbicos, o que usualmente acontece perto dos 11 anos, mas pode ocorrer a qualquer momento entre os 9 e os 14. Para os garotos, o período de maior crescimento se verifica cerca de dois anos após o começo da puberdade.

- Ao entrar na escola, em geral meninos e meninas têm a mesma altura. Em seguida, por volta da 5ª ou 6ª série primária, as garotas crescem mais, mas em poucos anos são alcançadas pelos colegas da classe.


A consciência do corpo chega com a puberdade

Para alguns pais, a timidez é um forte indício de que a puberdade está se aproximando. Quando pré-adolescentes tomam banho, fazem questão de trancar a porta. Ao trocarem der roupa, a privacidade é essencial. Também se tornam vaidosos e detestam ser criticados. Portanto, não implique com o jeito de seu filho se vestir. É natural que ele se preocupe tanto com a aparência (mesmo que deseje provar o contrário), pois seu corpo está passando por mudanças dramáticas.


Nutrição

No início desses anos de transição, alguns pais se preocupam demais com a alimentação dos filhos. Fique tranqüilo: mesmo crianças que comem muito pouco costumam se desenvolver normalmente. Além disso, durante o período de crescimento mais lento, a sensação de fome tende a diminuir em algumas crianças. Enquanto isso, outras vivem numa constante roda-viva de comer o tempo todo.
Entre os 7 e os 10 anos, tanto meninos quanto meninas consomem de 1 600 a 2 000 calorias por dia, embora as necessidades do organismo possam variar ainda mais. A maioria das garotas experimenta um significativo aumento de altura entre os 10 e os 12 anos, e passa a ingerir 200 calorias adicionais. Os meninos, em geral, “espicham” dois anos depois e, então, precisam de 500 calorias complementares.
Durante os picos de crescimento, o organismo da criança solicita mais nutrientes. O apetite, no entanto, varia em função das atividades. Se seu filho passar a manhã fazendo lição de casa, por exemplo, terá menos necessidades calóricas. Se ficar jogando bola, mais.
Nessa fase são comuns os “ataques de fome”. Previna-se antes, fazendo uma lista de alimentos saudáveis. Algumas sugestões:

- Matam a sede – leite frio ou suco de frutas.
- São suaves – iogurte, bananas, requeijão, ricota.
- São crocantes – vegetais crus, maçãs, pipoca, flocos de cereais.
- São suculentos – pêssegos, mangas, abacaxi.
- São divertidos – morangos, uvas, jabuticabas.
- Acabam de vez com a fome – sanduíches de queijo, pizza, pudim de leite, granola.

Obs.: Evite alimentos como batatas fritas, frango frito, doces, chocolate, salgadinhos, sorvetes.


A boa forma começa na infância

Nessa época de tv e videogame, mais do que nunca as crianças precisam de esporte, para garantir um desenvolvimento físico adequado. Pelo menos três vezes por semana, seu filho deve participar de algum tipo de exercício que faça seu coração bater mais depressa. Não é essencial que se trate de uma atividade organizada. Brincadeiras fora de casa, caminhadas, passeios de bicicleta são soluções válidas e divertidas.
O esporte propriamente dito também é saudável e pode ajudar seu filho a desenvolver a capacidade de liderança, tornando-o mais confiante. Entretanto, não tente transformar uma criança pequena em atleta. Ela ficará estressada e frustrada. Para descobrir o esporte “perfeito”, adote o seguinte esquema:

- Converse com seu filho sobre os motivos que o levam a querer praticar determinada atividade.
- Deixe a criança escolher. Se sua filha está louca para jogar futebol, não a obrigue a estudar balé, porque é mais feminino.
- Para as crianças com menos de 8 anos, são apropriados esportes que não exijam contato físico acentuado entre os participantes. Por exemplo, no basquete e no futebol, há um contato médio. A natação e o tênis praticamente não oferecem nenhum contato. Esportes de “colisão”, como o handebol, devem ser praticados por crianças acima dos 10 anos.


QUANDO ADMINISTRAR VITAMINAS. Os pediatras recomendam um suplemento vitamínico diário somente para crianças com falta de apetite, ou com hábitos alimentares extravagantes, com dietas altamente seletivas.



DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL

“Eu me detesto, eu me amo”

Entre os 5 e os 12 anos, a auto-estima das crianças pode variar de dia para dia, pois elas costumam acreditar, ao pé da letra, no que os outros dizem e tiram conclusões apressadas. Tais mudanças de humor são normais e não há nenhuma fórmula mágica que os pais possam aplicar para garantir a felicidade constante de seus filhos. No entanto, crianças autoconfiantes sabem apreciar o próprio talento e aceitar suas imperfeições e fracassos ocasionais. Garotas ou garotos problemáticos mostram uma inadequação contínua e há indícios que ajudam a identificar sua falta de auto-estima:

- Notas baixas.
- Perda de interesse nas atividades habituais.
- Modificações na personalidade, evidenciadas por ataques de raiva, tristeza, frustração.
- Mudanças sociais, diminuindo o contato com a turma, ou escolha de novos amigos, desajustados.
- Dificuldades em tomar decisões.
- Autocrítica acentuada.

Embora o pediatra possa tratar uma dor de garganta de seu filho, receitando antibiótico, ele não possui fórmulas infalíveis para aumentar a auto-estima da criança. Algumas atitudes dos pais, no entanto, costumam agir como estímulos positivos:

- Mostre-se carinhosa: As crianças querem saber que são amadas, valorizadas e aceitas incondicionalmente.
- Ouça com atenção: Escutar de verdade o que seu filho diz pode ser trabalhoso, mas é por meio de palavras que ele expressa suas emoções. Fique atenta a mensagem como: “Isso é muito difícil pra mim”, “Tenho medo de desapontá-la”, “Estou cansado, chateado”. Às vezes, a melhor resposta que você pode dar à criança é passar algum tempo com ela.
- Crie áreas de apoio: Incentive atividades, clubes, interesses especiais e esportes que estimulem a competência e a autoconfiança.
- Estabeleça objetivos: Junto com seu filho, veja como ele pode se aperfeiçoar. Por exemplo, se o seu ponto fraco é o desempenho escolar, peça ajuda a professores e familiares.
- Ensine seu filho a se valorizar: Um bom começo e fazer-lhe mais elogios.



As ferinhas mostram as garras

Uma criança que esta mentindo, colando na escola, usando palavras ofensivas choca os adultos. Entretanto, é importante lembrar que se trata de atitudes esperadas nesse estágio de desenvolvimento.

A mentira: Uma criança pequena, criada num lar onde há amor e responsabilidade, pode dizer uma mentira quando for acusada de ter feito alguma travessura, porque tem medo de desapontar os pais, ou de ser punida. Antes dos 6 anos, ele confunde facilmente fantasia e realidade. Depois dos 6, uma mentira mostra que seu filho, mesmo distinguindo entre o certo e o errado, se encontra numa situação difícil e dá um jeitinho para sair dela. Se você reagir com agressividade, provavelmente a criança continuará inventando novas histórias para se proteger. Em vez disso, fale: ”Quero que você me diga a verdade, e eu sempre lhe direi a verdade. Assim poderemos sempre a acreditar um no outro”.

O roubo:O primeiro incidente costuma acontecer por volta dos 7 anos. Segundo os psiquiatras, a criança que rouba tem um sentimento de privação, inveja ou ansiedade. Talvez ela deseje ser mais popular entre os colegas e acredite que se apropriar de dinheiro ou doces é um bom começo. Ao tomar conhecimento do fato, não pergunte por que isso acorreu. Deixe bem claro que você está a par de tudo e exija a devolução imediata do objeto ou dinheiro furtado. Encoraje seu filho a pedir desculpas, mas não diga que ele é terrível.

A cola: Em nossa cultura, a competitividade é recompensada. Desde pequena, a criança aprende como é ruim perder e faz de tudo para se sair bem. Colar na escola é um fenômeno comum, resultado desse tipo de situação. Se seu filho for pego “em flagrante”, discuta com seriedade o problema. Fale com ele sobre o estresse e a pressão que está sofrendo no colégio e mostre que você não espera o impossível. Em geral, as crianças agigantam as expectativas dos adultos. Uma punição séria para a cola raramente traz bons resultados.

O palavrão: O uso de “nomes feios” faz parte do desenvolvimento infantil. Ao empregá-los, as crianças afirmam sua esperteza e mostram que não têm medo de ser “um tantinho ruins”. Com o tempo, cansadas de impressionar os amigos, elas maneiram a linguagem. Em casa, estabeleça uma regra: “Nada de palavrões”. Caso fique evidente que seu filho adora chocar você, ignore. Um lembrete: nunca ria quando uma criança solta um palavrão.



Leve o estresse a sério

O número de crianças sujeitas a estresse está aumentando. Meninos e meninas estão expostos, diretamente ou pelo noticiário, a assuntos como divórcio, drogas, raptos e outros acontecimentos assustadores. A sensação de viver num mundo cheio de perigos gera estafa e medo.
Em geral, os pais acreditam que seus filhos são imunes ao estresse. Nada mais falso. Eles têm plena consciência das mudanças que ocorrem ao seu redor. Quando a tensão é contínua e particularmente intensa, as crianças pagam um alto preço emocional e físico. Situações estressantes e repentinas aceleram a respiração e os batimentos cardíacos, contraem os vasos sanguíneos, aumentam a pressão e acabam causando dores de cabeça ou enjôos. Se o estresse persistir, a criança se torna suscetível a doenças. Você pode ajudar seu filho a lidar com as tensões. Veja como:

- Ponha-se no lugar dele.
- Mostre que você está consciente de sua infelicidade e discuta com a criança a forma de superá-la.
- Todo dia, disponha de algumas horas para ficar ao lado de seu filho e deixe que ele decida como passar esse tempo especial.

No entanto, nem todo estresse é prejudicial. A pressão adequada exercida por um professor ou um treinador pode incentivar a criança a melhorar seu desempenho, tornando-a mais autoconfiante.


Hábitos que irritam os pais, mas ajudam as crianças

Você se encolhe toda quando seu filho põe o dedo no nariz. Mastiga o lápis, rói as unhas, mexe e remexe no cabelo ou chupa, deliciado, o polegar. Acredite: ele não faz isso para deixá-la nervosa. Dos 5 aos 12 anos, as crianças têm tais comportamentos repetitivos durante momentos de tensão, cansaço ou tédio.

Roer unhas ou pôr o dedo no nariz, por exemplo, em geral são atitudes que se desenvolvem entre os 3 e 6 anos, mas podem persistir até os 10. A mania de chupar o dedo costuma acabar entre os 6 e 8 anos. Hábitos comuns de autoconforto estão relacionados a funções do cérebro e ajudam a criança a se acalmar. Não se preocupe com eles. O melhor a fazer é ignorá-los.


O medo da escola e seus sintomas

O simples pensamento de ficar longe de casa e dos pais causa ansiedade em muitas crianças. A escola, de fato, é um lugar onde a pressão dos professores e dos colegas pode ser estressante. Então, aparecem vários sintomas: lágrimas, dores de cabeça, tonturas, diarréias, vômitos e até febre. O que você deve fazer? Trate seu filho com consideração, mas deixe bem claro que a freqüência escolar é obrigatória. Quando a criança acordar, não lhe pergunte, toda manhã, como se sente. Em vez disso, fale com o pediatra para excluir problemas mais graves e peça o apoio dos professores.



DESENVOLVIMENTO SOCIAL


Aprendendo o jogo da vida

Conviver harmoniosamente numa comunidade é muito mais do que uma questão de boas maneiras. As qualidades sociais incluem a capacidade de ouvir e se fazer ouvir, de seguir orientações, de manter contato “olho no olho” durante um diálogo. Pense em seu filho por alguns minutos. Ele sabe como começar, manter e concluir uma conversa? Dá apoio aos amigos? Consegue fazer elogios, sem bajular? Demonstra autocontrole? Expressa a raiva adequadamente? Assume as conseqüências de seus atos?
Fazer amigos é uma das principais habilidades sociais. As crianças, em idade escolar, já estão prontas para adquirir esse talento, que lhes prestará serviços pelo resto da vida. Companheiros, confidentes e aliados, os amigos de seu filho vão ajudá-lo a encontrar a resposta para uma pergunta preocupante: “Como estou me saindo?”.
No começo, as atividades em comum mantêm juntas as crianças. A cumplicidade vem depois. Os pré-adolescentes em geral formam grupos, círculos íntimos de chegados. Eles podem rejeitar um menino ou uma menina “ligeiramente diferente”, que não fale a mesma gíria ou não se vista da mesma maneira. Embora os pais fiquem alarmados quando isso ocorre com o filho, devem compreender que se trata de um dos fatos naturais da vida.

Uma criança sem amigos é um dilema. Para resolver esse problema crucial, você precisa de sensibilidade e compreensão. Há dois tipos de criança impopular:

1 – A agressiva: Ela é rejeitada pelo grupo porque tende a violar as regras. Muito sensível a provocações, no entanto gosta de provocar. Essa criança pode sofrer falta de atenção em casa.

2 – A tímida: Ela não é rejeitada de forma ostensiva, simplesmente é esquecida. A turma não a convida a participar das atividades do grupo. Em geral, essa criança apresenta baixa auto-estima.


Três habilidades necessárias para fazer amigos


- Capacidade de quebrar o gelo. A criança consegue se aproximar de outra e iniciar uma conversa, sem ser atrevida ou agressiva.
- Facilidade de compartilhar interesses. A criança gosta de atividades coletivas e variadas.
- Flexibilidade para negociar e aceitar compromissos. A criança percebe que todo relacionamento tem altos e baixos. Diferenças de comportamento e opiniões não a deixam abalada. Sabe dar e receber.

Obs.: Uma criança com tevê no quarto pode ficar tão ligada nos programas que se isola da família. Recomenda-se que a garotada veja tevê ou brinque com jogos eletrônicos por, no máximo, 2 horas diárias.

Fonte: Resumo de Caring for Your School-Age Child: Ages 5 to 12, copyright – 1992 de Feeling Fine Programs inc.

Um ponto de vista é a vista de um ponto

Educação Baseada em Evidência


"Os alunos de professores que cursaram magistério ou pedagogia têm notas piores do que os de professores que possuem diploma superior em outra carreira. Aprende mais quem aprende com quem não é professor?"

Se consultarmos um médico bem formado, uma vez feito o diagnóstico, ele vai decidir a terapia com base na experiência passada com pessoas que portavam a mesma síndrome e tomaram diferentes remédios. Será receitada aquela droga cujas estatísticas de sucesso são maiores do que as alternativas disponíveis. Decide a evidência, e não a palavra do luminar ou a tradição. É a medicina baseada na evidência.

Seria de imaginar que, na sala de aula, o critério fosse o mesmo. A evidência do que deu mais certo orientaria a escolha do método de alfabetizar, do livro ou da forma de ensinar. Parece lógico, funciona na medicina. Mas o professor não busca a evidência acumulada para orientar sua sala de aula. Uma possível explicação para isso é que a evidência científica é incontrolável e pode revelar verdades desagradáveis.

Com o auxílio de João Batista de Oliveira, exploro abaixo algumas constatações constrangedoras e penosas. O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) é uma prova tecnicamente bem-feita e impecavelmente aplicada. Mostra o nível de aprendizado dos alunos a ele submetidos. Tomando estudantes da 4ª série do ensino fundamental e tabulando pelo perfil dos professores que eles tiveram, podemos calcular a média para cada subgrupo. Essa média indica quanto aprenderam os alunos que têm mestres com este ou aquele perfil de formação. Os alunos de professores que cursaram magistério ou pedagogia têm notas piores do que os de professores que possuem diploma superior em outra carreira. Aprende mais quem aprende com quem não é professor? Não sabemos ao certo. Se for verdade, por que não facilitamos aos que possuem outros diplomas de curso superior o acesso ao magistério? O Saeb apenas dá pistas. É preciso aprofundar a análise, com dados complementares. Temos muitas estatísticas, temos gente qualificada para analisá-las com a sofisticação requerida. Precisamos saber mais e com mais precisão. O Saeb mostra outras pistas interessantes. Buscando-se os fatores que mais aumentam o rendimento dos alunos, encontramos os seguintes:

• O maior diferencial de rendimento está ligado ao cumprimento do currículo previsto. Se o professor não ensina, o aluno não tem chance de aprender. Parece óbvio, mas o mau uso do tempo é endêmico.

• Um dos fatores mais correlacionados com bons resultados é o uso regular de livros e de outros recursos da biblioteca. Diante disso, causa espanto ver menos de 50% das escolas com bibliotecas.

• Aprendem mais os alunos de professores que consideram ótimo o livro didático adotado. Contudo, em apenas metade das classes todos os estudantes possuem livros e só a metade dos mestres recebe do MEC o livro solicitado.

• Os professores contratados via CLT têm alunos com mais alto rendimento. São melhores mestres do que os estatutários e os contratados em regime precário? Por quê? É o regime ou têm alunos diferentes?

• Os alunos dos professores que fizeram cursos de capacitação, abundantemente oferecidos pelo país afora, não têm notas melhores. Serão inúteis tais cursos?

O Saeb não é diagnóstico preciso nem terapia, apenas um termômetro. Mostra a existência de um problema e dá pistas para sua identificação em estudos subseqüentes, com ferramentas mais elaboradas. Mas, se acreditamos na educação baseada em evidência, não podemos ignorar o sinal de alarme, sugerindo que algo vai mal. O aluno deve aprender no livro. Mas a primeira cartilha para avaliar os sistemas educativos é o Saeb. Todavia, como está denunciando verdades particularmente desagradáveis, não podemos esperar que os prejudicados tomem iniciativas. Nada vai acontecer sem a intervenção de outras forças vivas da sociedade.

Claudio de Moura Castro
Economista
Articulista da Veja


Nota: No título do ensaio coloquei uma expressão que merece um complemento. Adrede, seguindo a linha da reflexão, os problemas podem e devem ser examinados de todos os ângulos possíveis, pois, além de quem vê (capacidade de entendimento), existe a complexidade do fato em sí, e, principalmente, o nível de dificuldade (profundidade) alcançado pelo observador. No xadrez funciona assim! Aliás, no xadrez quanto mais refletirmos sobre o problema mais satisfatória será sua solução.
HOSPITAL PARQUE BELÉM – PRONTO ATENDIMENTO PEDIÁTRICO

PARA PENSAR:

OS CORANTES, DOCES E CONSERVANTES AGITAM AS CRIANÇAS

- A alimentação das crianças é muito importante para o crescimento, a saúde e para o aprendizado.
- Os alimentos que contém corantes amarelos são prejudiciais, pois provocam agitação nas crianças e atrapalham o aprendizado e o sono.
- São balas, pirulitos, gelatina colorida, salgadinhos, picolés coloridos artificialmente, sacolé, refrigerantes, bolachas doces recheadas, sucos artificiais, iogurtes coloridos e queijos “amarelos”.
- Os conservantes com Benzoato de sódio também agitam as crianças e estão em alimentos como as margarinas e os refrigerantes.
- Os doces são energéticos e, em excesso, tiram o sono, atrapalham o apetite e provocam cáries.
- Os salgadinhos podem provocar pressão alta em crianças pequenas.

O CÉREBRO PRECISA DE SONO PARA SE DESENVOLVER

Durante o sono a criança cresce e amadurece. O hormônio do crescimento é produzido pelo cérebro durante o sono profundo. Os corantes amarelos e o conservante Benzoato de sódio atrapalham o sono e seus efeitos podem durar até 20 horas!

A TELEVISÃO DEVE SER CONTROLADA PELO ADULTO E NÃO PELA CRIANÇA

Escolha o que é saudável e educativo para seus filhos assistirem na TV. Procure programas tranqüilos e que falem sobre amizade, cooperação, aprendizado, higiene, solidariedade, compreensão e respeito mútuo.

HOSPITAL PARQUE BELÉM – Av. Prof. Oscar Pereira, 8.300 – POA/RS, Bairro Belém Velho
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Um contraponto ao departamento de polícia do Texas

Como transformar seu filho num homem de verdade


1 – Não dê à criança tudo quanto ela queira.
Desde pequena a criança deve aprender a ouvir um não. Aprendendo agora a dizer um não ao lícito, mais tarde ela saberá dizer também não ao ilícito.

2 - Aponte os erros que seu filho comete.
Quando ele se embrenhar nas sendas do mal, mostre o caminho do bem. Nos momentos de perplexidade, esclareça sua dúvida. Ensine e ajude seu filho a escolher entre o certo e o errado, entre o bem e o mal. Ajude-o a seguir o caminho do bem abraçando sempre a verdade.

3 – Dê a seu filho também uma educação espiritual.
Seu filho não é apenas corpo e sensibilidade, mas possui também uma essência não-física; uma essência que precisa conhecer e amar as forças superiores da natureza. Se ele perder a confiança no supremo, se perder o sentido da vida, se desconhecer o destino imortal do homem, se não esperar mais nada para depois da morte, só lhe restará um caminho a seguir: gozar a vida no momento presente e, para isto, irá servir-se de todos os meios, bons e maus, proibidos ou permitidos. Um homem que não nutre esta essência é uma caricatura humana. Um homem que não enxerga o eterno é um homem morto antes do tempo.

4 – Não confunda as coisas...
Quando seu filho deixar espalhados pelo chão roupas, sapatos, livros, brinquedos, faça-o apanhá-los. Mas faça com amor, bondade e carinho e não de maneira agressiva ou irritada. Com gritos nunca se educa uma criança. Educa-se com energia, amor, carinho, bondade e compreensão.

5 – Não brigue nem discuta na presença do filho.
Quando os pais discordarem ou se desentenderem, procurem evitar a discussão diante dos filhos. Falem e discutam a sós. Brigas e discussões na presença dos filhos, além de mau exemplo que os pais dão, provocam na alma da criança conflitos de ordem emocional irreversíveis e muitas vezes de grave conseqüências. A harmonia e união entre os pais revertem em benefício para os próprios filhos.

6 – Não dê a seu filho quanto dinheiro ele pedir.
Quem não se contenta com pouco, nem o muito o satisfará jamais. O dinheiro fácil na mão de seu filho abre caminho para muitos erros, pois a riqueza mal empregada abre as portas para o mal. Seu filho deve aprender quanto custa ganhar dinheiro. Se desde pequeno ele não sabe quanto custa o dinheiro, ele só desejará uma coisa na vida: ganhar muito dinheiro com o mínimo de esforço e gozar o máximo a vida. Dinheiro fácil nas mãos do seu filho leva-o a confiar mais no poder da moeda do que em sua força de vontade, em sua dignidade moral e capacidade intelectual. Faça com que seu filho mereça o dinheiro que recebe.

7 – Não satisfaça todos os desejos e caprichos do seu filho em matéria de comida, bebida e conforto.
Ele deve aprender a fazer sacrifício, a renunciar um gosto pessoal, a dizer um não a um capricho e deixar de ser voluntarioso. O comodismo enterra todas as aspirações humanas e é o maior obstáculo do progresso. Formar a vontade do seu filho não é fazer todas as suas vontades. Forme a vontade dele para que rejeite sempre o mal e queira sempre só o bem.

8 – Quando seu filho entrar em conflito com professores, polícia, vizinhos e colegas, não tome seu partido sem antes examinar bem o fato e ver de que lado está a razão.
Um erro é sempre tomar o partido do filho apenas por ser filho, sem procurar saber a orígem do conflito e ver que está com a razão. É ´reciso ver, analisar, julgar e dar razão para que merece.não é somente o filho do vizinho que pode errar; o seu também está sujeito a erro. Ninguém é perfeito; seu filho também está dentro desta regra. Seja justo e dê razão a quem a tem de fato.

9 – Olhos abertos significa atenção...
Quando ele entrar numa contenda mais séria, não o desculpe com estas palavras: “Ele sempre foi impossível; ele é assim mesmo”. Isto fará com que seu filho permaneça no erro e abrirá caminho para faltas mais graves, pois ele sabe que pode contar sempre com a cumplicidade indulgente dos pais. A indulgência excessiva é sempre cúmplice do crime. Seja indulgente, mas sempre dentro da ordem, da energia bondosa e da discipina.

10 – Não faça comparações das virtudes e dotes do seu filho em relação aos outros.
Fazendo isto, você estará implantando nele o vírus da intolerância, a discriminação pessoal e social, e o menosprezo pelos demais. Um elogio deve ser feito de maneira discreta, a sós, e com muito cuidado. Os pais costumam rotular os filhos de acordo com sua própria conveniência, e isto abre espaço para que vejam nos filhos qualidades que muitas vezes não possuem, causando frustrações nos mesmos com o tempo.

11 – Qualquer tipo de vício é prejudicial para os adultos e muito mais às crianças.
Se tiver algum vício, lute para livrar-se dele, e o faça diante do seu filho, sempre demonstrando a ele os malefícios do mesmo e a sua luta pela liberdade. Sua criança não merece compartilhar de um capricho danoso como o seu. Se você tem amor de fato por ele, livre-se do vício, só, e apenas desse modo, poderá lhe cobrar mais tarde com eficiência, caso ele caia numa dessas armadilhas. Para o filho, o exemplo de probidade dado pelo pai é mais importante do que todas as opiniões que ele vai encontrar pelo resto da sua vida.

12 – Feito tudo isso, prepare-se para uma vida de harmonia, alegrias e felicidade. É o seu merecido destino.

Frei Anselmo - Educador